18 de janeiro de 2010

Indiferente

Uma vez me perguntei se conseguiria viver sem aquele cujo tenho tanto apresso. Por algum tempo essa pergunta me fez pensar e imaginar de mais. Algumas vezes cheguei a ficar mal por isso. Hoje me sinto bem. Não me culpo por coisas que fiz ou deixei de fazer. Não me sinto culpada por coisas que disse ou deixei de dizer. Sinto-me bem por não gostar de mais, por não sofrer mais. O celular já não me afaga mais. Aquela voz já não tem o mesmo efeito como antes. Creio que não deixei de gostar. Não deixei meu coração parar de sentir arrepios. Deixei ele ser feliz, livre. Deixei ele sentir, voar e quem sabe pulsar diferente outra vez. Penso que o tempo dará um jeito em tudo, ele sempre dá, mesmo que demore. Aquele abraço me satisfez e sempre irá me satisfazer. Porém indiferentemente eu seguirei.


GD.

11 de janeiro de 2010

Como um flash

Um vento leve sopra a minha nuca avisando mais um mudança de clima, que eu torço agora para que não aconteça. Olhos abertos, mas parecem perdidos, sem vida, sem nenhuma reação. Meu coração dispara e a única coisa que vejo são flashes de uma vida passada, bem aproveitada. Pessoas que eu amo. Abraços jamais esquecidos. Uma vida que, poderia ter me dado a chance de ser mais, de poder mais. Todas as horas em casa com meus pais e irmã, toda a família. Todos os beijos e a ultima pessoa com quem passei os melhores momentos. Risadas e viagens, elas vem e vão com facilidade. O ultimo sorriso de um olhar de puro desespero. Uma pausa. Minha vida se enrola toda em um filme de fotos, vídeos e imagens. Um minuto foi o bastante para perceber o quanto ainda preciso aprender a dar valor em mim, nos outros, em tudo. Agora sou mais eu, mais em mim. Cada gesto fica guardado como cada palavra de um diário a sete chaves. O sol se volta para mim, brilha mostrando seu poder de rei, e o mesmo vento se volta contra meus ombros outra vez, mais me mostrando agora que tudo tem o seu pequeno valor e que juntando todos eles, nós não conseguimos viver sem.

GD.