25 de março de 2011

Hoje sou feliz

Hoje meu dia acordou mais feliz. Uma felicidade que não reinava por um bom tempo. Hoje é sexta-feira, e o sol resolveu acordar depois de longos dias de descanso, o que foi ótimo, pois fez minha boca dar um pequeno sorriso torto outra vez. Vocês deveriam ter visto aquele nascer do sol. E sabe a sensação de estar em paz? É a que eu sinto agora.

Hoje sou capaz de tudo. De ser quem eu quiser, fazer o que eu quiser. Ser feliz a qualquer custo, me encantar, me surpreender, me apaixonar e retribuir o gostar de quem realmente gosta de mim. Aqui dentro, agora está tudo em paz. Os pequenos buracos estão se tampando e pela primeira vez na vida aprendi a me preocupar mais comigo do que com os outros. Não por egoísmo, mas por saber que preciso cuidar um pouco mais de mim.

Sei que muitas surpresas me aguardam, mas agora caminho sobre o paralelepípedo da vida, de braços abertos e prontos para abraçar o melhor que tenho a receber de mim mesma e das pessoas que me rodeiam. Cansei de fingir, e sinto pena das pessoas que vivem atoladas em suas próprias mentiras e a tentar mostrar superioridade. Não preciso e nunca precisei me mostrar melhor do que ninguém para ser feliz.

Posso dizer que agora deixo a vida me levar, para onde ela quiser. Parei de planejar o futuro, não o esqueci, apenas comecei a pensar no agora e no que realmente me importa.


"A felicidade depende de nós mesmos" Aristóteles


GD.

9 de março de 2011

Sobre os dias chuvosos

Ahh a chuva! Aqueles pequenos pingos que clamam por chocolate quente, boa companhia, filme e cobertor. Aquelas gotinhas que fazem o bem, águam as plantas, deixam tudo fresquinho e com carinha de novo. Ahh a chuva...

O primeiro parágrafo teria continuação se eu não estivesse praticamente EMBOLORADA de tanta chuva. Eu sei que faz um bem danado, mas pelo amor de Deus, minha bolsa nas ultimas semanas virou um quite salva-vidas com direito a: “Aqui tem tudo o que você precisa, sombrinha, capas de chuva multicoloridas, remos, botes, e muito mais”, estou pior do que propaganda das Casas Bahia. Você deve estar pensando: “Nofa que menina revoltada”. É porque não é você que depende da linda Mercedes Benz, também conhecida como transporte público, vulgo ônibus ou ons.

Acordo toda serelepe e felix, arrumo o bebelinho, tomo café da manhã, pego minhas coisas, abro a porta de casa e está chovendo. Tudo bem, não é a toa que tenho guarda-chuva. O primeiro passo para fora de casa é a catástrofe em pessoa. O vento marca 600km por hora, meu tênis já está meio ensopado, a sombrinha, que serve para salvar apenas aquele pedaço do cabelo conhecido como franja, teima em querer virar e os dois braços que Deus me deu viram quatro. Imagine a cena: uma mão segura o cabo da sombrinha que ao mesmo tempo prende a bolsa na frente da barriga que tenta não molhar. A outra mão segura uma haste que quer virar a qualquer custo e quando vejo estou praticamente emborcada para frente como se fosse derrubar alguém com o meu super escudo protetor à La Eric, o cavaleiro do desenho “A Caverna do Dragão”. Mas para o meu alivio o ponto do ons fica só a um quarteirão.

Espero ansiosamente sua chegada. O primeiro freio espirra pequenas gotículas de água na minha calça, que já não são nada comparadas a cor do meu tênis. Lá dentro está tudo muito quente e abafado, abafado, abafado, uma sauna ambulante. Sim, o cheiro de gente molhada, cabelos com condicionador, o fedozinho quase que insuportável da querida alma que não toma banho já faz dias. E canpensquinão: TUIN! Sim, a franja que com muito cuidado e muito sofrimento mantive intacta dando a minha vida até um segundo atrás, estava toda enrolada. Nesse momento facas, mortes, decapitações passam pela minha cabeça, mas eu sou forte, eu consigo. Vamos lá, respiro, inspiro e estou calminha.

Lá se foi o primeiro ônibus, e depois de muito sofrer no segundo, como se já não bastasse, uma poça d’água e um carro a toda velocidade finalizam minha triste e aventureira caminhada até o trabalho. No final, a cheirosinha e limpinha chega à agência com a meia toda ensopada, a calça jeans que era lisa agora toda trabalhada na estampa militar e para completar o look do dia aquele coque podrinho no alto da cabeça. E você me pergunta: “Mas como você tem coragem de ir trabalhar assim?” E eu te respondo: “Escolha entre me dar um carro ou ir tomar um belo banho na soda (pois eu sou educada)”.

E é assim, que termino todos os meus santos dias de chuva com a certeza de que quando eu bater na porta do paraíso, São Pedro irá me dar passagem direta para o céu com direito de ficar à direita de Deus pai todo poderoso, por que olha vou te contar, essa minha vida tirana não é mole não.

Ai quando falo que minha rotina são contos hollywoodianos, neguinho não acredita em mim.


GD.

1 de março de 2011

Tudo se resume em uma palavra

O mesmo tempo que nos presenteia com coisas boas também carrega consigo o poder de nos surpreender. São dias e meses a construir uma imagem que em um estalar de dedos faz com que tudo seja lançado a um despenhadeiro sem passagem de volta.

Me impressiono com o poder de persuasão e hipnotismo cujo algumas pessoas são presenteadas. Um dom capaz de mudar uma vida e sentimentos em instantes, assim como os planos e desejos de um futuro que jamais virá. E é tão engraçado soltar certas palavras que um dia jamais imaginaram ser apagadas de forma tão inesperada...

O que me rodeia agora são perguntas sem respostas e a silhueta não identificada de uma imagem que foi um dia tão clara e real. Indigno-me sim com a habilidade de destruir tudo o que foi plantado, regado e alimentado tão carinhosamente. E é ai que me pergunto se existe sentimento alheio e recíproco, já que meia dúzia de ações e palavras são suficientemente fortes para derrubar toda uma esperança que, me desculpe às palavras, estava sendo deixada em banho Maria.

Tenho na cabeça agora pontos de interrogação que não sabem se acreditam em meias verdades e momentos que provavelmente não tiveram importância para o lado de lá. E cá entre nós, a dúvida é muito encontrada nos corações incrédulos e tristes assim como o meu.

Escrevo aqui o meu não entender de como algo tão bom pôde se autodestruir em poucos minutos e levar consigo admiração, carinho, amizade e companheirismo para um caminho que ao meu parecer, não tem volta. E infelizmente dói pensar nisso.

O que fica agora não é a raiva nem outras palavras como vingança ou algo do tipo. São então três lados. Um lado triste que gosta e quer ver bem independente de qualquer coisa, afinal gostar é isso. Do outro está o respeito, pois nenhum orgulho deve passar por cima de coisas boas que foram criadas. E no meio fica o único sentimento feio que leva embora com ele a confiança e a vontade de acreditar, que é a decepção.