29 de novembro de 2010

Tudo em seu devido lugar

Pensando pelo lado positivo da coisa, posso dizer que tudo está no seu devido lugar. Não como eu gostaria necessariamente, mas antes assim do que nada.
Pelo lado negativo, tudo continua fora do seu lugar. Não está balanceado, coisas apertadas de um lado, e do outro, um vazio, um buraco.
Agora você deve estar se perguntando: “Como que uma coisa pode, ao mesmo tempo, estar e não estar no lugar?”. Pergunta razoavelmente fácil de se responder: “Tudo está em seu devido lugar. Somos nós que complicamos e fazemos com que tudo no mundo vire um problema, mesmo que involuntariamente”

GD.

7 de novembro de 2010

Como uma moeda!

Desejos e carinhos recíprocos que não se completam, não se encaixam. Pergunto-me como isso é possível. São dois lados de apenas uma moeda, que se encostam e não se encontram, não se olham, mas se sentem.Um lado a carne, o desejo, o excitante, o tremor por dentro. Do outro lado o sentimento, a vontade de ficar perto, de tocar, de sentir o carinho, as palavras. O que é realmente o que as pessoas necessitam, só que não enxergam por medo de tentar, de aproveitar.
Infelizmente somos rodeados de moedas, e todas elas a procura do outro lado que complemente, como um imã: um lado repele, o outro atrai. São vários os casos onde poderia montar uma história igual a da moeda, só que como diria Lulu Santos: “Para todo mau, a cura”. Mesmo que ela seja só superficialmente, pois nada se cura por completo, sempre se tampa.


GD.

1 de novembro de 2010

Sanguessugas

Surpreendo-me cada dia mais com as pessoas e suas atitudes. Vejo que quanto mais tenho amigos, menos deles eu tenho. E quanto mais valor eu dou, menos valor eu recebo.
Observo como o egoísmo transborda nas pessoas, e a maneira que ele suga cada criatura pré disposta a ele. Quanto mais aberto aos outros, a ouvir seus problemas, a ajudar, mais fechado você fica para si mesmo. Descarregar toda a sua energia negativa nas pessoas é muito fácil. Muito mais fácil do que ouvir o problema dos outros e ter que estar à disposição para alguém.
Vejo como cresce o número de pessoas que pensam apenas em si e no que os outros podem lhe oferecer. A época onde as pessoas pensavam no próximo, ajudavam e estavam dispostas a melhorar a vida das pessoas acabou. Ou melhor, nunca existiu. O que assistimos até hoje, é o desejo de parecer bom, socialmente correto quanto às “boas maneiras”, ou seja, vale tudo apenas pela imagem, que sempre foi comprada e nunca conquistada.
Cada dia que passa tento fazer o que as pessoas por simples e espontânea pressão não me deixam fazer, que é pensar em mim mesma, nos meus problemas, no que eu preciso. Pois procurar por alguém que esteja com o “tempo livre” para ouvir os meus problemas e parar de pedir para ouvir os dele, será uma coisa praticamente impossível. Não penso assim por egoísmo, infelizmente é o que está acontecendo, e querendo ou não para sobreviver é preciso se adaptar não é mesmo?
Concluo então, que melhor do que estar rodeado de pessoas que dizem ser nossos amigos é estar sozinho, não completamente, pois como dizia minha querida avó: “Mesmo com todos os problemas, os únicos amigos que temos moram embaixo do mesmo teto que nós. Nossos pais e irmãos”.


GD.