27 de dezembro de 2011

Coisas que só acontecem com gordinhos da lancheira.


Enquanto isso na padaria, lugar propício para o seu tão amado regime cometer suicídio.

Giovanna debruçada e babando em cima do freezer, com vários picolés e com aquela sensação típica de “dúvida cruel”, diz a sua amiga:

_ Fernanda, e agora, qual eu levo?

Fernanda, que já esperava pela pergunta responde:

_ Pergunta pro seu estômago.

Giovanna, ainda pensativa, gosta da idéia, olha para os dois lados e então diz em voz alta:

_ Estômago, qual você quer?

E o estômago, sem hesitar responde em voz alta:

_ MAAAGNUM, EU QUERO O MAGNUM PRÊMIO!

_ Ok, estômago. Seja feita a sua vontade.

E assim, Giovanna saiu feliz e saltitante para deliciar primeiramente de toda a casquinha crocante e gelada de chocolate até se esbaldar no delicioso recheio sabor baunilha.


Participação especial de Fernanda De Val e Leandro Bacci.

GD. 

16 de dezembro de 2011

Ele não vai parar de bater.


O mais engraçado é pensar que agora tudo pode mudar. E que tudo pode ser completamente diferente do que eu sempre imaginei. Talvez essa confusão aqui dentro seja o medo de conhecer o que eu não conheço. Sabe quando você sempre esperou por uma coisa e quando ela chega você tem medo do que pode acontecer? Essa é a explicação mais clara que consigo dar ao que está acontecendo aqui dentro do peito.

Mas eu tenho uma certeza: dará tudo certo, chegou a minha vez de ser feliz e desfrutar do melhor que eu posso ser e que alguém vai dar o devido valor em quem eu sou ou simplesmente no que eu posso ser.

Sabe, e mesmo que essa certeza seja apenas um engano de um coração que cansou de ser partido, vou ficar bem, pois saberei que ele ainda tem esperanças e que não importa quantas vezes cravem uma estaca dentro dele, ele saberá que a hora de bater feliz chegará. 

GD.

2 de dezembro de 2011

Um branco, um xis, um zero.


Você partiu e me deixou sem lamentar o que passou, sem me apegar ao que apagou e acabou. Não me lembro bem da sua cara, qual a cor dos olhos, já nem sei. Só o cheiro do seu cheiro não quer me deixar mais em paz nos ares dos lugares onde passo e onde nunca estás. Você partiu e não voltou. Eu já esqueci o que me falou, se prometeu ou se jurou seu amor. Já não me recordo mais seu nome, quais os outros nomes que te dei. Só o cheiro do seu cheiro não consegue ser tão fugaz nas pessoas, peles, colos, sexo, bocas, onde nunca estás. Você partiu e foi melhor. E eu já me esqueci de cor, do som, do ar, do tom, da voz e de nós. Já passei um pano um branco, um zero, um xis, um traço, um tempo, já passei. Só o cheiro do seu cheiro não consigo deixar para trás, impregnado o dia inteiro nessa roupa que eu não tiro mais.

Cássia Eller.


GD.