24 de fevereiro de 2011

Um singelo obrigado

Me peguei relembrando momentos. Engraçado como a vida é bizarra de vez em quando. A minha como muitos sabem é uma novela mexicana sem fim. Dia após dia um capítulo incansável, com novos personagens e novas pautas para escrever por aqui. Afinal tenho um compromisso e felizmente existem pessoas, como você, que retornam a este singelo lugar, onde cada palavra é arrancada de dentro do peito e fazem de si mesmas identificações momentâneas aos olhos de quem lê.

Aqui me descrevo, me abro e me dispo tão facilmente como se algo tomasse conta de mim. Encontro nessas poucas palavras refúgio e abrigo para momentos que vem e vão, e insistem em fazer parte de perguntas e respostas que chamo de EU.

São recordações de uma memória de elefante que fazem da minha vida constantes capítulos hollywoodianos sem censura, sem cortes e recortes, apenas com sentimentos abalados por um coração que insiste em se apaixonar frequentemente e loucamente por tudo o que se depara e identifica como novo em sua frente.

Deixo aqui um pequeno agradecimento por me deixar entrar em você e fazer rodopios, arrancar um sorriso, um arrepio ou em casos de força maior, quem sabe uma lágrima. Agradecer por ser um pequeno grão que lhe desperta sentimentos ou coisa nenhuma. Quem sabe por apenas estender uma mão inimaginária que poderá lhe ajudar. Então, obrigada por você me fazer estar aqui, por me dar motivos para continuar. Obrigada.


GD.

17 de fevereiro de 2011

Vai passar

Ei psiu! Você! É, você mesmo. Porque essa cara? Porque essa lagrima querendo cair? Porque essa raiva e esse incômodo todo ai dentro? Calma porque tudo isso vai passar. Eu sei que é horrível, dói, parece que você não vai aguentar, que vai explodir, mas aguenta. Eu também sei que dá vontade de sumir, de sair de dentro do corpo e deixar só a carcaça para trás porque dentro da gente não dá, não é um bom lugar para ficar. Dá vontade de ser qualquer outra coisa inanimada, que não escuta, não fala e não sente.

Infelizmente a danada da dor é assim mesmo, queima, arde, parece que pegaram seu estômago e deram um nó feito toalha molhada. Só que isso passa, cicatriza, porque temos a infeliz mania de achar que não vai, que não vamos dar conta de aguentar. Pois bem, digo que sim, afinal ninguém carrega uma cruz que não consiga suportar o peso.

É difícil de acreditar, eu sei, mas tudo isso vai virar passado, ficar na memória junto com as outras diversas dores que a vida ainda lhe causará. Sei que agora realmente não é o melhor momento para ser feliz, não tem jeito não é?! Mas me responde uma coisa, quem foi que disse que devemos sempre ser felizes?

A vida é como uma caixinha de surpresas, e algumas nos ensinam que para viver de verdade temos que quebrar a cara, aprender, tentar e não conseguir, achar uma coisa e ser outra, querer e não ter. Perder. Ter que olhar para alguém que ama, dizer ou ouvir coisas que não quer, mas que são necessárias. Toda essa teia faz com a gente perca, apanhe, seja passado para trás, e tudo isso realmente dói, porém passa.

Sabe a felicidade? Não? Ela está do outro lado da ponte, como sempre esteve. E eu sei que está meio embaçado, mas você irá enxergá-la como outras vezes conseguiu. Mas para chegar até lá, você terá medo de encontrar o que te espera pelo caminho, coisas que você não quer. Você vai querer desistir, mas não vai. Não vai porque é forte, porque depois do meio da ponte tudo fica claro e ai você será feliz.

Então sabe aquela dor que batia ai dentro, que sambava no peito com salto agulha? Ela vai passar. Porque tudo passa. Acredita em mim, tudo irá passar.


GD.

(Pequenos trechos retirados de Caio Fernando de Abreu)

14 de fevereiro de 2011

Pense bem

Porque as pessoas não compreendem o que você faz, sente ou acha sobre as coisas. Engraçado como somos obrigados a entender o que está passando na vida alheia, o que ela faz ou deixa de fazer.
Ninguém se importa com o que você sente, todos acham que estão corretos, mas ninguém tenta entender o que está acontecendo. Claro, é muito difícil ceder um pouco de si para os outros. Mais fácil é olhar para o próprio umbigo.
Pare e pense que ninguém é bom o bastante, todos temos os nossos erros, nossos defeitos. Nós gostamos e sentimos as mesmas coisas. Pense no que você diz, na sua opinião para com os outros. É muito fácil opinar sobre alguma coisa que você não faz parte, não entende, pois algumas coisas não foram feitas para muitos perceberem.
É sempre bom querer o melhor das pessoas para nós, que elas aceitem o que sentimos, o que escolhemos para nós mesmos. Algumas escolhas podem nos fazer sofrer, mas a opção é nossa, não dos outros. Cada um sabe o que é o melhor para si, sabe o que vai lhe fazer bem mesmo não sendo o correto.
Pense melhor no que você faz e coloque na balança o que você dá e o que recebe. Pode ter certeza que um lado estará falho. E olhe pelo lado da amizade também, afinal, eu aceito mesmo não achando correto, porém, será que você aceita mesmo não sendo o certo?
Algumas coisas que chegam para nós como brinde podem ser boas ou não ser boas, o que importa é ver quem você gosta feliz, e se você não está feliz com isso, pense bem sobre o que você entende de amizade e por querer a felicidade alheia.


GD.

8 de fevereiro de 2011

Oasis mal intencionado

Um deserto escaldante, um sol de presente para você. Um lugar onde não existe nada além de areia e pequenos animais, que consideramos como pragas, sobreviventes. Vento é uma coisa que praticamente não existe e se tentar fritar um ovo no chão ele queima.
Imagine estar sobre essas condições, onde a saliva só de pensar em existir já evapora. Sua mente já não consegue responder ao corpo que não existe água, e você terá de sobreviver. A loucura começa a tomar conta de você e quando menos se espera um oasis surge e uma faísca de esperança também.
Tudo o que você quer é matar a sede, e quanto mais você caminha, mais a vontade toma conta. Quando chega perto o delírio envolve todo o seu corpo e a primeira reação é correr e mergulhar no pequeno lago e aliviar toda sua tensão. Afinal, ainda existe uma esperança.
Depois de quase quebrar o braço você acorda e percebe que tem areia por todos os lados, e o oasis nunca existiu. A palavra que resume o ocorrido então é decepção.
Nossa vida é assim. Temos uma pessoa do nosso lado, sabemos que existe algum problema, mas o calor é tão bom e a mentira tão boa, que nos perdemos e somos jogados em pequenos desertos, onde os bichos existentes são pragas que fazem a nossa cabeça e os oasis que enxergamos é a decepção quando quicamos no fim de um buraco que, por puro encantamento, nos jogaram lá embaixo.
No final saímos com pequenos e grandes arranhões. Mas são marcas e fraturas que cicatrizam, deixam lembranças, que por sorte são curadas por pequenos salvadores montados em camelos que sempre estão do nosso lado para nos livrar de desertos escaldantes e oasis mal intencionados.


GD.