29 de setembro de 2010

Será que peço muito?

Gostaria de conseguir escrever coisas boas a respeito de certos pensamentos que me rodeiam, porém, alguma coisa me impede. Posso estar errada quando a algumas coisas, porém conheço muito bem as pessoas que me rodeiam e que gostam de mim. Sinceramente não são todas elas que gostam, mas agradar a todos não é muito bem a minha pretensão.
O motivo por esse desgosto eu não sei ao certo, e para falar a verdade nem quero saber. Quer gostar de mim?! Que me conheça então. Nunca recebi reclamação das pessoas que realmente gostam de mim. Educação e tranqüilidade sempre foram meus pontos fortes. Não sou obrigada a ter cara boa, muito menos parecer ter uma. Tenho a cara que Deus me deu, e isso já é o suficiente, não?!
Sinto que algumas pessoas sentem inveja (de que, eu não sei) e não querem que as coisas que eu faço dêem certo. É realmente uma pena isso acontecer, afinal, nunca desejei menos do que felicidade para alguém. Lógico, tenho meus momentos de surto, mas eles passam.
Espero um dia conhecer alguém que não me olhe torto, não faça cara de nojo frescura e nem me análise de baixo para cima. Não me critique e nem me aponte o dedo antes de me dizer ao menos um olá.
Será que estou pedindo muito? Será que peço muito?


GD.

26 de setembro de 2010

Uma nova saída

Vamos começar por partes. Onde estão todos aqueles olhares que você despertou em mim? Onde estão todas as palavras que você fez soar da minha boca? Onde estão todas as respostas que consegui? Onde estão todas as canções que me fazem lembrar você? Onde será que vou parar? Será que vou parar de cair? Onde estão todas as recordações? Onde estão todas as risadas? Onde está todo o carinho, admiração? Onde estão todos os pensamentos que consegui despertar? Onde está a vontade? Onde está a minha alma? Onde está o sorriso de lado? Onde está a vergonha? Será que nunca foi se quer algo de verdade? Será que se eu procurar encontrarei alguma coisa? Será que consigo procurar sem lembrar as coisas ruins que me rodeiam a cabeça? Onde encontrei respostas agora só encontro perguntas. Perguntas que não me levam a lugar algum, não me levam se quer a uma verdade digna de um brilho no olhar e uma esperança para quem um dia bateu forte. Onde está a tremedeira? Onde foi parar o suor gelado? Procuro pela a admiração que um dia tive. E é uma pena que no lugar dela, eu encontre um borrão preto, sujo de tinta. Sei que ela continua ali, porém preciso desenhá-la outra vez. Preciso de uma verdade, apenas uma verdade. Porém é uma pena que não consigo encontrá-la entre tanta coisa perdida. E não tem a segunda parte, pois ela está perdida entre sentimentos ocultos desesperados para encontrar uma nova saída.


GD.

23 de setembro de 2010

Querer

Será que querer é querer de mais? Pois eu quero ser feliz acima de qualquer coisa. Quero um dia ter muito das coisas que desejo. Quero carinho em uma tarde de domingo. Quero ter alguém um dia que faça me sentir UMA, não QUASE UMA. Quero beijos dados com sentimento, não por necessidade. Quero sentir alguém, quero desejar alguém. Quero correr na orla da praia e me banhar no mar quando eu quiser. Quero ir a todos os lugares que desejo conhecer. Quero mergulhar, conhecer o mundo existem dentro dos mares. Quero passar o resto da minha vida aprendendo cada vez mais. Quero me conhecer. Quero casar. Quero ter filhos. Quero tocar violão deitada na rede, de frente ao mar e pensando em como a vida é boa e não damos o devido valor. Quero acordar cedo, comer torrada com geléia, tomar sol, tentar ficar morena. Quero despertar o sorriso em alguém. Quero viajar de Harley Davidson no litoral. Quero ser mais feliz, sempre aprendiz.
Será que querer é querer de mais?
Não incomodo ninguém com isso, afinal, como já dizia Raul Seixas: "Querer o meu não é roubar o teu."

GD.

13 de setembro de 2010

Posso ser feliz

Olhar o mundo como se não houvesse limites. Essa foi a maneira que eu adquiri para sorrir e para a minha vida. Posso acordar de manhã cedo em um domingo para tomar café da manhã com a minha família e observar cada um como as pessoas mais importantes. Posso sair para caminhar, sentir uma brisa leve sobre o rosto, tomar sol ou apenas ter a certeza de que nada no mundo é perfeito, mas pode ser se cada um fizer a sua parte. Posso dizer o que penso, posso sentir, tocar, abraçar. Posso ler, brincar, dar risada. Posso chorar, gritar e resmungar. Posso comer pão de queijo com batata palha, pão com doce de leite, bisnaguinha com mostarda. Posso ficar bêbada, dançar, tocar violão, escutar música, montar uma banda. Posso pular na cama, sentir cócegas, sentir dor no abdômen de tanto rir. Posso amar, assim como posso ser odiada. Posso sentir calor e tomar um banho de mar, piscina, riacho, lagoa. Posso sentir frio, bater o queixo ou pedir que alguém me esquente. Posso piscar para alguém, beijar alguém, montar de cavalinho em alguém, tirar foto. Posso conversar em frente o espelho, fingir ser a atriz principal de novela, a cantora que eu quiser. Posso tomar sorvete e me lambuzar como criança, lembrar de como era maravilhosa a infância e como a vida é boa quando existe esperança. Posso pintar meu nariz de palhaço, posso comer brigadeiro na panela, andar descalço. Posso viajar, posso observar a lua, posso realizar um desejo, posso fazer alguém feliz. Posso fazer de tudo, fazer o que eu quiser, pois é assim que eu sou feliz e me faço feliz.

GD.

9 de setembro de 2010

E eu Oceano

Imagino as vezes que não me enxergam muito bem. Gosto dos melhores sorrisos, porém nada falso. Gosto das melhores gargalhadas, mais nada estridente demais. Sacio-me com um olhar recíproco de 5 segundos. Sei valorizar o que você tem de melhor sem que você note. Prefiro quando falam que me odeiam, assim por livre espontaneidade, posso escolher com quem me relacionar. Me sinto bem e fico com as bochechas vermelhas quando comentam algo de mim, mas nada exagerado demais, prefiro ser discreta. Odeio quando apontam o dedo para o meu nariz, não por ele ser um pouco maior do que o normal, mais por saber que quem cuida dele sou eu e você não tem nada a ver com os meus problemas, a não ser que eu lhe peça opinião. Gosto de ficar sozinha, de pensar na vida como se fosse uma boa dose de tequila: você coloca sal pra poder engolir, ela desce queimando, logo você chupa um limão que faz o seu olho às vezes se encher de lágrima, porém passam cinco minutos e você deseja outra vez, porque independente de ser ruim ou não, você quer sentir tudo de novo e de novo. Sou alucinada por música e digo que a minha vida é, sem dúvida, a maior trilha sonora existente. E acho que por isso sou tão eclética. Prefiro a verdade a me esconder atrás dela. Me encanto com a humildade e creio que não tê-la, é não enxergar, não aprender, não respeitar, não crescer. Sou mais do que você conhece e mais do que me conheço. Vivo em constante aprendizado e conhecimento de mim mesma. Por fim me enxergar vai além de me conhecer superficialmente. É igual conhecer o oceano, por cima é grande e finito, porém por dentro é maravilhosamente imensurável e sem fim.

GD.

7 de setembro de 2010

Esquecer

Um mês e meio seria a contagem exata de todas as horas que não foram vividas, dos momentos que não foram aproveitados, das risadas que não foram dadas, das brincadeiras que não foram descontadas, das conversas que não foram absorvidas e do abraço que não foi dado. Tudo, claro, digamos por um esquecimento.
Será que esquecer seria a palavra correta? Ou seria substituição? Não. Nenhuma das duas palavras. Elas são fortes demais. Chamo tudo isso de desapego. Sim, desapegar ao que lhe era apenas um refúgio antes de alguém tomar o seu lugar.
Sinto como se não fosse a mesma, que todas as lembranças que tenho não valeram a pena ou foram esquecidas, deixadas de lado, como uma roupa antiga pendurada em um cabide sem saber quando será útil outra vez. É tão ruim se sentir esquecido, se sentir para trás, sentir como se não houvesse razão de mais nada, ou como se você fosse apenas uma lembrança boa de uma tarde qualquer.


GD.