25 de janeiro de 2012

Só para constar.


Céu azul, um pouco de vento. Não recordava a última vez que havia visto tantos pinheiros a minha volta. Aquele cheirinho bom de liberdade.  Sai correndo de casa encabulada e resmungando o fato das pessoas precisarem de um pouco mais de carinho e gostarem mais umas das outras. Parei na calçada de cabeça baixa.

Alguns segundos esperando minha cabeça criar coragem para levantar, se já não soubesse da sua existência teria ficado surpresa com a sua aproximação, mas não. Suspirei.  Calça jeans, camiseta branca, camisa xadrez azul e branca, pulseirinha de couro larga. Senti a sua mão no meu queixo e levantando o meu rosto. Não precisei fazer esforço. Conforme minha cabeça se erguia pude observar a pele branca como nunca, depois a bochecha um pouco rosada por causa do vento. Cheirava bem, cheirava paz.

De um jeito torto olhei no fundo dos seus olhos e com calma sua mão jogou uma mecha do meu cabelo para trás do ombro, deslizou sua mão no meu cabelo como se quisesse afirmar sua presença. Senti a minha perna um pouco bamba. Me senti tão pequena, tão forte. Um puxão, um beijo na testa e um beijo bom para terminar. Ele estava ali, tão perto, tão bom. Senti o vento bater.

Acordei.

Dedicado ao meu sonho da noite passada. Para constar nos meus registros. VS.

GD.

19 de janeiro de 2012

Aceite.


Tenho algumas perguntas para fazer. Qual o objetivo de falar tanto em Deus em suas redes sociais, dizer que acredita tanto nele, parecer tão religioso, postar coisas lindas sobre ele se você não faz, na prática, um terço das coisas que você fala? E outra, fazer do tipo sou uma pessoa íntegra, correta, séria e respeitosa se por dentro, na realidade, você não está valendo nada?  

Posso dizer que sim, nos enganamos cada vez mais com as pessoas. Mas isso tem um por que, estamos cada vez mais carentes, carentes de atitudes mais humanas, de respeito, de carinho, de amor, digo amor verdadeiro, não aquele que você diz como estivesse dizendo “bom dia” (o que anda difícil de acontecer também). 

Ninguém está valendo mais nada, veja bem, não estou generalizando, mas não nos respeitamos mais, não nos damos o devido valor e desta maneira criamos um ciclo: os homens criam as vagabundas, e as mulheres os cafagestes. Pesado não é? Mas é a triste realidade. Aceite.

Encaro essa situação como um caso um tanto quanto perdido, a não ser por pessoas que gastam um pouco do seu tempo, se olham no espelho e dizem: eu ainda valho alguma coisa.


GD.

12 de janeiro de 2012

Você deve ler.


Querida Karen,
 Se está lendo isso é porque eu realmente tive coragem de enviar. Então, bom para mim! Você não me conhece muito bem, mas se deixar, verá que tenho tendência a falar que tenho dificuldade para escrever, mas isso... isso é a coisa mais difícil que já tive que escrever. Não há maneira fácil de dizer, então vou falar logo.
Conheci uma pessoa. Foi um acidente. Eu não estava à procura e não estava preparado.
Foi uma tempestade perfeita. Ela falou algo, eu também. Quando vi, queria passar o resto da minha vida nessa conversa. Agora estou com a intuição de que ela pode ser a mulher certa.
Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Uma grande dose de manutenção necessária.
Ela é você, Karen. Essa é a boa notícia.
A má é que não sei como ficar com você nesse momento. E isso assusta pra caralho. Porque se não ficar com você agora, sinto que nos perderemos. O mundo é grande, mal, cheio de reviravoltas. As pessoas costumam piscar e perder um momento. O momento que poderia mudar tudo. Não sei o que está acontecendo entre nós, e não posso dizer por que você deveria gastar um pouco de fé em alguém como eu.
Mas como seu cheiro é bom, como o lar! E faz um ótimo café, isso tem que valer alguma coisa.
Me liga...
Infielmente seu,
Hank Moody.




Carta que li em um blog que adoro muito.  Aqui.


GD.