Surpreendo-me cada dia mais com as pessoas e suas atitudes. Vejo que quanto mais tenho amigos, menos deles eu tenho. E quanto mais valor eu dou, menos valor eu recebo.
Observo como o egoísmo transborda nas pessoas, e a maneira que ele suga cada criatura pré disposta a ele. Quanto mais aberto aos outros, a ouvir seus problemas, a ajudar, mais fechado você fica para si mesmo. Descarregar toda a sua energia negativa nas pessoas é muito fácil. Muito mais fácil do que ouvir o problema dos outros e ter que estar à disposição para alguém.
Vejo como cresce o número de pessoas que pensam apenas em si e no que os outros podem lhe oferecer. A época onde as pessoas pensavam no próximo, ajudavam e estavam dispostas a melhorar a vida das pessoas acabou. Ou melhor, nunca existiu. O que assistimos até hoje, é o desejo de parecer bom, socialmente correto quanto às “boas maneiras”, ou seja, vale tudo apenas pela imagem, que sempre foi comprada e nunca conquistada.
Cada dia que passa tento fazer o que as pessoas por simples e espontânea pressão não me deixam fazer, que é pensar em mim mesma, nos meus problemas, no que eu preciso. Pois procurar por alguém que esteja com o “tempo livre” para ouvir os meus problemas e parar de pedir para ouvir os dele, será uma coisa praticamente impossível. Não penso assim por egoísmo, infelizmente é o que está acontecendo, e querendo ou não para sobreviver é preciso se adaptar não é mesmo?
Concluo então, que melhor do que estar rodeado de pessoas que dizem ser nossos amigos é estar sozinho, não completamente, pois como dizia minha querida avó: “Mesmo com todos os problemas, os únicos amigos que temos moram embaixo do mesmo teto que nós. Nossos pais e irmãos”.
GD.