19 de maio de 2011

O perder

Como o pensar em perder pode doer tanto? Depois de ler um texto fabuloso do Renato Cabral “Um pôr-do-sol para o meu pai”, comecei a observar a minha vida e o que eu fazia dela. Será que eu aproveito como deveria aproveitar? Será que dou valor as pessoas erradas e deixo as que realmente merecem de lado? Será que faço as escolhas certas? Será que penso em mim?
Gostaria de ter uma resposta positiva a todas as questões anteriores, mas infelizmente não tenho. Gasto mais tempo me preocupando com coisas inúteis do que comigo mesma. Sei que não aproveito tudo o que tenho para aproveitar, não penso em mim como deveria pensar, não faço as escolhas certas e não, eu não dou o valor nas pessoas corretas.
Pensar em tudo isso dói. Dói por saber que tudo o que deixei passar não voltará e continuo a remar na mesma direção, um lugar onde sou egoísta, não com os outros, mas comigo mesma, por não dar a mim a oportunidade de sugar o melhor das coisas maravilhosas que a vida me dá e doar mais do que o necessário para as inúteis, sendo que poderia fazer mais por mim, por quem merece.
Chegar a esta conclusão não é a coisa mais fácil do mundo, infelizmente precisei pensar no risco e nas possibilidades de perder o que já é meu e o que um dia poderia ser pelo simples fato de não acreditar que tudo o que temos é o necessário para sermos felizes. E não há nada que poderá substituir a grandeza de dois braços abertos a cada retorno para casa.

O texto que menciono acima você pode ler aqui.


GD.