14 de outubro de 2010

Outra Vez

Olho para a mesa e só o que encontro é uma folha em branco. Um pedaço de papel sem motivo algum para estar ali. Bem ao lado dele se encontra minha caneta e uma caneca que exala um cheiro agradável. Não penso duas vezes em poder degustar o que me aguça o paladar e faz com que minha boca salive vontade.
Dois pequenos goles foram o suficiente para me inspirar e olhar para o papel como se ele me chamasse. Minha mão começa a escrever como se não houvesse amanhã. Minha cabeça não sabe bem ao certo o que estou dizendo. O papel começa a criar forma, e quanto mais observo mais me surpreendo.
A vontade de escrever começa a voltar como nunca e sinto uma coisa enorme batendo dentro do peito. A música que eu não escutava há tempos voltou a tocar na minha cabeça, só que mais forte, cada vez mais intensa, e todos os instrumentos pareciam soar perfeitamente só para mim.
Vejo que algo começa a tomar forma outra vez, e o suprimento que eu precisava para tornar todos os meus pensamentos em palavras está de volta, outra vez.



GD.