Vivemos com o medo e
pelo medo de não sermos felizes.
A
gente cria armas e escudos contra tudo que pede o coração, porque as vezes são
os pedidos dele que nos trás o temor de não alcançar as vontades demandadas por
ele, que por muitas vezes, são as que nos levam a tão almejada felicidade, ou
pelo menos para parte dela.
Dizemos
por aí que queremos ser independentes, que não precisamos de ninguém, passamos
nosso melhor perfume e tomamos um porre depois de uma desilusão amorosa, só
para poder dizer a si que aquela felicidade fast-food é real. E sabemos que não
é. Dizemos que somos machistas, feministas e auto suficientes porque temos medo
de amar e medo de não sermos amados. E como diria Chico: “ter medo de amar não
faz ninguém feliz”.
Vou
dizer em primeira pessoa, concorde e tome para si quem quiser. Quero acordar e
dormir com um bom dia e boa noite, escrito ou falado. Eu queria cafés da manhã
na cama, receber flores bem escolhidas sem motivo especial ou qualquer outra
coisinha que simplesmente mostre que em algum momento da rotina da pessoa
amada, sua presença se fez forte a ponto de transformar-se em demonstração
palpável.
Gosto
de palavras, de frases, de beijos derradeiros, do amor falado e demonstrado, de
taças, jantares, edredons, perfumes, enfim, gosto do amor com cama, mesa e
banho.
Ainda
que dura, temerosa e covarde, assumo o nó na garganta que me dá com meus
anseios de pequenos momentos por contos de fadas na vida real.
Afinal
não há nada que demonstre tanto que um coração é fraco quanto o excesso de
armaduras que ele usa.
GD.