6 de agosto de 2012

Café, flores ou outra coisa.


Vivemos com o medo e pelo medo de não sermos felizes.
A gente cria armas e escudos contra tudo que pede o coração, porque as vezes são os pedidos dele que nos trás o temor de não alcançar as vontades demandadas por ele, que por muitas vezes, são as que nos levam a tão almejada felicidade, ou pelo menos para parte dela.
Dizemos por aí que queremos ser independentes, que não precisamos de ninguém, passamos nosso melhor perfume e tomamos um porre depois de uma desilusão amorosa, só para poder dizer a si que aquela felicidade fast-food é real. E sabemos que não é. Dizemos que somos machistas, feministas e auto suficientes porque temos medo de amar e medo de não sermos amados. E como diria Chico: “ter medo de amar não faz ninguém feliz”.
Vou dizer em primeira pessoa, concorde e tome para si quem quiser. Quero acordar e dormir com um bom dia e boa noite, escrito ou falado. Eu queria cafés da manhã na cama, receber flores bem escolhidas sem motivo especial ou qualquer outra coisinha que simplesmente mostre que em algum momento da rotina da pessoa amada, sua presença se fez forte a ponto de transformar-se em demonstração palpável.
Gosto de palavras, de frases, de beijos derradeiros, do amor falado e demonstrado, de taças, jantares, edredons, perfumes, enfim, gosto do amor com cama, mesa e banho. 
Ainda que dura, temerosa e covarde, assumo o nó na garganta que me dá com meus anseios de pequenos momentos por contos de fadas na vida real. 
Afinal não há nada que demonstre tanto que um coração é fraco quanto o excesso de armaduras que ele usa.


Texto: Amanda Magnino - Tumblr: Go Amanda Go!

GD.