O mesmo tempo que nos presenteia com coisas boas também carrega consigo o poder de nos surpreender. São dias e meses a construir uma imagem que em um estalar de dedos faz com que tudo seja lançado a um despenhadeiro sem passagem de volta.
Me impressiono com o poder de persuasão e hipnotismo cujo algumas pessoas são presenteadas. Um dom capaz de mudar uma vida e sentimentos em instantes, assim como os planos e desejos de um futuro que jamais virá. E é tão engraçado soltar certas palavras que um dia jamais imaginaram ser apagadas de forma tão inesperada...
O que me rodeia agora são perguntas sem respostas e a silhueta não identificada de uma imagem que foi um dia tão clara e real. Indigno-me sim com a habilidade de destruir tudo o que foi plantado, regado e alimentado tão carinhosamente. E é ai que me pergunto se existe sentimento alheio e recíproco, já que meia dúzia de ações e palavras são suficientemente fortes para derrubar toda uma esperança que, me desculpe às palavras, estava sendo deixada em banho Maria.
Tenho na cabeça agora pontos de interrogação que não sabem se acreditam em meias verdades e momentos que provavelmente não tiveram importância para o lado de lá. E cá entre nós, a dúvida é muito encontrada nos corações incrédulos e tristes assim como o meu.
Escrevo aqui o meu não entender de como algo tão bom pôde se autodestruir em poucos minutos e levar consigo admiração, carinho, amizade e companheirismo para um caminho que ao meu parecer, não tem volta. E infelizmente dói pensar nisso.
O que fica agora não é a raiva nem outras palavras como vingança ou algo do tipo. São então três lados. Um lado triste que gosta e quer ver bem independente de qualquer coisa, afinal gostar é isso. Do outro está o respeito, pois nenhum orgulho deve passar por cima de coisas boas que foram criadas. E no meio fica o único sentimento feio que leva embora com ele a confiança e a vontade de acreditar, que é a decepção.