Quando prometi que a minha vida mudaria, ela mudou. Não como um passe de mágica ou um estalar de dedos, mas com a minha vontade de fazer diferente, ser diferente e melhor. Consegui me livrar daquela porta enferrujada, envelhecida e trancada para um mundo que eu não conhecia. Parei de olhar pelo buraco da fechadura e comecei a olhar ao meu redor. Foi assim que descobri uma janela que, por mais alta que fosse, eu teria que dar o meu jeito de abrir. E para a minha alegria, havia uma chave, prontinha para girar e destrancar aquele vidro que me separava do paraíso.
Algumas tentativas sem sucesso. O medo de me mostrar, de me entregar de corpo e alma para aquele lugar me deixava aflita, mas eu precisava sair dali. O tempo passou e eu cresci, amadureci pensamentos, idéias e tive forças o suficiente para alcançar a chave, vira-la e abrir aquela janela que em tempos atrás parecia impossível de ser alcançada e aberta.
Foi assim que avistei o mundo, peguei o primeiro trem de partida para um futuro sem volta. E no vagão desse trem descobri o quão bom é viver, olhar para outra pessoa e ser reconhecida, não como uma qualquer, mas como uma. Ter o gostinho de me encantar e ser encantada por um mundo que demorei a descobrir, mas que agora vejo que valeu apena cada dia de espera.
GD.