Queria
escrever, embora me faltem algumas palavras. Mas, eu fui mais eu, eu fui eu, sempre,
independente de clima, posição lunar ou inferno astral. Independente dos meus
dias de tristeza ou dos meus dias de imensa felicidade. Fui eu, em cada
palavra, cada piscadela, cada coçada de nariz quando ficava ansiosa, em cada
dor no estomago, que se pudesse nomeá-las como tremores teria derrubado mais da
metade das geleiras polares. Eu fui eu, em cada música, em cada risada pelo
canto da boca, em cada brincadeira sem graça, em cada carinho, aperto de mão,
até quando insistia em acariciar as pontas dos seus dedos. Fui eu em cada olho
dentro do olho, em cada preocupação, em cada carinho acima da orelha, em cada
aperto no queixo, na minha intensidade e exagero. Eu fui eu em cada risada sua, simplesmente por ser eu, por
querer ser sempre eu quando eu mesma não imaginasse que pudesse ser. Mas fui.
GD.