9 de setembro de 2010

E eu Oceano

Imagino as vezes que não me enxergam muito bem. Gosto dos melhores sorrisos, porém nada falso. Gosto das melhores gargalhadas, mais nada estridente demais. Sacio-me com um olhar recíproco de 5 segundos. Sei valorizar o que você tem de melhor sem que você note. Prefiro quando falam que me odeiam, assim por livre espontaneidade, posso escolher com quem me relacionar. Me sinto bem e fico com as bochechas vermelhas quando comentam algo de mim, mas nada exagerado demais, prefiro ser discreta. Odeio quando apontam o dedo para o meu nariz, não por ele ser um pouco maior do que o normal, mais por saber que quem cuida dele sou eu e você não tem nada a ver com os meus problemas, a não ser que eu lhe peça opinião. Gosto de ficar sozinha, de pensar na vida como se fosse uma boa dose de tequila: você coloca sal pra poder engolir, ela desce queimando, logo você chupa um limão que faz o seu olho às vezes se encher de lágrima, porém passam cinco minutos e você deseja outra vez, porque independente de ser ruim ou não, você quer sentir tudo de novo e de novo. Sou alucinada por música e digo que a minha vida é, sem dúvida, a maior trilha sonora existente. E acho que por isso sou tão eclética. Prefiro a verdade a me esconder atrás dela. Me encanto com a humildade e creio que não tê-la, é não enxergar, não aprender, não respeitar, não crescer. Sou mais do que você conhece e mais do que me conheço. Vivo em constante aprendizado e conhecimento de mim mesma. Por fim me enxergar vai além de me conhecer superficialmente. É igual conhecer o oceano, por cima é grande e finito, porém por dentro é maravilhosamente imensurável e sem fim.

GD.