Aquela pergunta que não quer calar: Por que nós mulheres nos
apegamos em pequenas coisas e fazemos delas quase o fim do mundo?
Tenho pensado muito nessa pergunta. Coisas pequenas, que
para os outros não fazem a menor diferença. Particularidades que trazem palpitações
a pequenos corações.
Apegamos, e o apego dói até que de maneira natural ou por
pura e espontânea pressão ele suma. Praticar o desapego não é tão fácil, deixa sequelas,
trás marcas. É como doar um brinquedo que por anos fez dos seus dias os melhores
da sua vida. Mas, ele tem que ir e até que isso aconteça, sofremos.
Por dias parece que todas as músicas falam com você. Dizem o
que você quer escutar ou falar para alguém. Todos os lugares se ligam,
constroem pontes, fazem relação com o apego. Parece que todo mundo só usa a
mesma roupa, o mesmo perfume. Tem o mesmo jeito, falam da mesma maneira.
Você procura pelo diferente, mas ele nunca aparece. E quando
resolve aparecer, começa tudo outra vez, o antigo apego some e o novo entra. É
um ciclo.
Porém, por mais que tenhamos a certeza de que o apego de
agora irá embora em alguma hora, a gente continua sofrendo e torcendo para não precisar
se desapegar.
Você me entende, eu sei que entende.
GD.